segunda-feira, 19 de abril de 2010

Pequenas coisas grandes

Depois de uma semana conturbada os piripaques da minha mãe era o que estava faltando para me deixar uma semana na pequena cidade. As turbulências constantes da minha cabeça cegaram meus olhos, olhava em volta e me via sozinha e essa semana provou que não. Fui surpreendida com visitas e carinhos inesperados, como foi bom rever o velho amigo e perceber que nada mudou, conhecer pessoas novas, se sentir agradável e agradando, receber ligações na hora que você mais precisava da pessoa que te faz se sentir bem, conhecer a amiga do MSN e descobrir que ela é melhor ainda pessoalmente, ter dois queridos na porta de casa insistindo pra eu sair e declarando o tanto que a minha presença é importante, enfim, foram pequenas declarações de afeto, mas muito importantes pra mim, voltei renovada, cheia de energia, cada abraço que eu dava era uma força nova que me fazia sentir especial, coisa que a tempos não sentia.
Costumo dizer que o que me motiva é a paixão, me apaixono por tudo, por animais, roupas, carros, amigos, família, enfim, acho que melhor que amar é se apaixonar, logo que as mudanças da minha vida começaram eu deixei de me entregar, passei a ser mais racional e fria, acredito que para não deixar transparecer toda carência que estava sentindo, mas não foi uma boa alternativa, a carência só aumentou e com ela veio uma sensibilidade gigantesca, sempre me julguei forte e determinada e nos últimos dois meses só enxergava uma Rafaela frágil e sozinha, que chorava no quarto e depois saia sorrindo pra ninguém perceber, cansei e a melhor decisão que tomei foi a de desabafar, e fiz isso com todos ao meu redor, ouvi besteiras, conselhos, dicas e puxões de orelha, como foi bom, afinal, preciso de uma cabeça boa para encarar as mudanças da nova vida. Infelizmente, só vemos a importância das coisas quando perdemos, tinha esse carinho todos os dias, mas só fui valorizar quando me mudei, acho que foi até bom, pois resolvi ser mais intensa, abraçar mais, cuidar, valorizar os pequenos momentos e declarar a importância dos que são importantes (redundante, mas sincero), enfim, usar a impulsividade em momentos que me farão bem.
Antes tarde do que nunca, percebi que passou da hora de me valorizar e notar as pequenas coisas grandes que a vida me da de presente.
Aqui Jaz uma Rafaela reclamona.

Ps: Abandonei o estágio hoje e o “funk da insatisfação ção ção” parou de tocar. =D

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Funk da insatisfação ção ção

Meu voto vai para quem argumenta melhor, porém minha única justificativa é a insatisfação. Estou tendo que segurar a vontade de criar e expressar idéias e isso é o que anda apagando minha lamparina inspiradora, não sei administrar minha própria vida e nem organizar meus pensamentos, por isso não realizo com êxito as tarefas administrativas, documentações, protocolos, requisições, autenticações e nhé nhé nhé...
Não tenho equilíbrio, gosto de me entregar, acredito que nasci com o cortex pré-frontal invertido, com uma costela a mais também (ou a menos), mas isso não vem ao caso. O desfecho é insatisfação cão ção. Me da um emprego?