segunda-feira, 21 de novembro de 2011

(x) Preciso de uma cerveja

Vamos lá, vamos comentar, vamos desabafar, vamos mandar tudo à merda!
É mesmo o coração que nos faz apaixonar? Bom, deve ser sim, ele não dispararia tanto a toa, né?! Mas e se a paixão não der certo, o coração adoece? Fica machucado? Como funciona? Precisa tomar remédio pra isso?
04h03 da manhã de domingo e eu com esse papo de menininha adolescente. Agora pouco eu sentei no sofá e fiquei lamentando as dores da vida, pedindo paz e dizendo que não merecia sofrer, daí começou Simpsons e eu acabei me desconcentrando, quando terminou não lembrava mais em qual parte tinha parado.
A verdade é que não estava nos meus planos desacostumar desta rotina recém começada, não estava nos meus planos me frustrar e muito menos, me sentir tão ingênua e idiota. Poxa, vinte e tantos anos nas costas, carente de família, desempregada, terminando um tcc, entre outras dificuldades que eu optei em não citar para não ficar tão dramática, enfim, sinto-me com a inteligência subestimada em me ver colocando a palavra ingênua somada com idiota na seqüência do verbo sentir. Acho que depois dessa confusa justificativa posso usar o clichê: EU NÃO MEREÇO!
Eu sei, aliás, tenho certeza que jajá isso tudo passa, que possivelmente acharei graça e que não vou guardar mágoas, sei que meu mundo não vai parar e que não vou morrer de chorar. Mas agora, neste exato momento, quero toda nuvem negra pra mim, quero lamentar, gritar e continuar me torturando comendo as carolinas que comprei de presente, vendo fotos e sentindo o cheiro que ainda mora no meu travesseiro, tudo isso ao som de Fix you. Quero batizar esta madrugada de “a pior da minha vida”, pois é assim que manda o protocolo. Pretendo acordar com as lembranças reduzidas, com a saudade quase nula e com a vontade dentro da privada pra eu dar descarga.
Me apaixonei! Tive borboletas no estomago, fiz planos, cuidei, mimei, mandei músicas, troquei mensagens de saudade, fiz voz de mimimi conversando pelo telefone, enfim, já disse que me apaixonei? Então.
Eu pensei em desejar que o tempo voltasse para que eu evitasse que tudo isso acontecesse, mas tenho certeza que seria exatamente igual. Comigo um pouco mais gorda, talvez. Eu faço o que me da vontade e com isso eu vivo entre extremidades de alegria e tristezas, a situação do momento eu não sei explicar, porque agora, eu não consigo sentir vontade de mais nada.

Obrigada pela parte que foi boa. O muro caiu, mas eu tirei uma foto antes pra lembrar como era.

Ass: Renata Fernandes Teixeira, vulgo: Amora.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Quem se programa não vive de surpresas.

As malas estavam prontas para passar mais um final de semana na pacata Pirajuí, eis que surge a possibilidade de ir ao rock in rio no dia do metal com acompanhante, meus olhos brilharam, mandei uma sms convite e recebi um “eu topo” de cara, conseguimos passagens e convencer minha mãe a financiar esta loucura que parecia ser a parte mais difícil, certamente não foi, ela curtiu a idéia e me desejou uma excelente viagem, momento tão feliz que parecia ter som de guitarras no fundo.
Animação passada por osmose, um amigo pirou com a idéia e decidiu que queria ir junto, no sábado a tarde eu corri o centro de São Paulo todo atrás de convites e nada, mas como o mundo conspira a favor do rock’n roll, no finado orkut, após verificar cento e tantas páginas ele encontra o tão desejado ingresso e mais uma vez com direito a acompanhante, enfim, 4 convites comprados de ultima hora por preço inacreditável, as coisas deram certo do jeito mais errado.
Sábado, 22h30, 3 amigos, 3 passagens, 4 ingressos em mãos, destino: Rio de Janeiro. Quando pisamos em terras cariocas, logo após o xixi, parei pra pensar na loucura que estava acontecendo. Rodoviária do Rio de Janeiro, 4 horas da manhã, fome, uma mochila gigantesca nas costas lotada de coisas inúteis, sono e tudo que mais queríamos era um lugar sossegado pra sentar e cochilar, pois sim, achamos, enquanto um cochilava o outro foi buscar um café e eu me mantive hiperativamente acordada pensando em algo para fazer, no final do café acordamos o tripulante que já estava babando com a brilhante idéia de conhecer Copacabana, R$60,00 pra um taxista maluco de 70 anos, tatuado, formado em 3 faculdades, nunca bebeu e nem fumou que não sabe nome de rua e nem a diferença de direita e esquerda. A neblina era tanta que não foi possível ver o Cristo, tiramos algumas fotos no famosíssimo calçadão, fizemos amizade com algumas gaivotas, encontramos um conhecido de São Paulo passeando de bicicleta 6 horas da manhã ao som de Red Hot Chili Peppers e fomos a procura de uma maneira de ir até a cidade do rock que estava bem longe dali, 40 minutos esperando o ônibus no ponto errado e sendo atacada por um pombo fortemente armado, mais 20 esperando no ponto certo e nada, pegamos uma van que demorou quase uma hora pra chegar em um terminal onde tínhamos que pegar um outro ônibus até a cidade do rock, neste meio tempo passamos pela favela da rocinha e conseguimos tirar os passageiros do sério com tantas piadas de paulistas caipiras e babacas.
O terminal parecia reunião da família Adams, todo mundo de preto, maquiado, cheio de correntes, enfim, estávamos no lugar certo, mais uma hora de espera na fila, compramos o “bus car” e tocamos com um motorista estilo “velozes e furiosos”. 12h30, chegamos, estávamos entre os primeiros, mas entramos quase junto com a cavalaria, pois o outro integrante da trupe demorou um tiquinho pra chegar. 15h passamos a catraca e demos um abraço coletivamente aliviado, CONSEGUIMOS, eu nunca fui pra Disney, mas deve ser a mesma sensação, só que com a temática diferente, parecíamos crianças, encantados e desacreditando de tudo...
Vimos Angra, Sepultura, Motorhead, Slipknot, Metallica, dormimos no chão, fizemos dancinhas estranhas, fotos com desconhecidos, xaveco em troca de chocolates, filas, enfim, tudo muito perfeito.
3h30 da manhã partimos de táxi rumo a rodoviária assistindo reprise do show do Motorhead a 140 km/h na linha vermelha com os comentários do taxista; “este é o ponto que acontecem os tiroteios”. Pegamos o ônibus das 4h30 de volta para a São Paulo e só acordamos na rodoviária do Tiete, era o fim do nosso emocionante e cansativo final de semana.
Eu não sabia que os que estavam comigo eram tão queridos, não sabia que eram as pessoas certas para aquele momento, não sabia que seria tão incrível.
Uma madrugada me deu a possibilidade de embarcar pra aventura mais incrível da minha vida, um momento de impulsividade me fez topar e levar 3 malucos juntos, agradeço a minha insônia e a todos os envolvidos.
Rock in Rio 2011, fomos!

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Que o pouco seja muito e que não haja muito

Apague a luz, encoste as costas na cama, cruze as pernas, feche os olhos e pense, pense em tudo que não deveria pensar, se culpe de tudo que há de errado, se desmereça, faça de coitado, tente encontrar respostas para perguntas sem respostas, diga que não é capaz, não consegue, não merece e mais uma vez pergunte com lágrimas nos olhos olhando para cima “POR QUÊ?”.
Se esconda, afaste-se de qualquer pessoa que queira trazer conforto, mostre que é dono do maior problema já visto e que nada, nem ninguém conseguirão ajudar, abuse das frases “você não entende” e “só eu sei o que estou passando”, ouça musicas tristes, se identifique com os personagens mais deprimidos dos filmes, chore, chore muito, de soluçar, chore até que as lágrimas desçam queimando pelo rosto, até que a boca inche e as bochechas fiquem vermelhas com manchas brancas, levante-se, ande de um lado para o outro, caia na cama novamente e chore mais, dê socos no travesseiro, sofra, sofra e sofra, quando as lágrimas estiverem secando e a respiração voltando ao normal, procure mais, sofra mais. Tenha a pior dor do mundo, viva a pior energia do mundo, sinta-se a pior pessoa do mundo, faça segundos pesarem como horas e o dia valer por uma vida, permita que o mal te domine, mas não deixe durar mais que um dia. Que o pouco seja muito e que não haja muito.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Tradicional conversa de inverno

O mundo está doente de amor, e aqueles que não estão em busca dos coquetéis que levam a cura deste mal são chamados de insensíveis. Mas para todo mal há um bem, para todo escuro há um claro, para todo sim há um não. Quem anda soprando palavras desmotivantes nos ouvidos alheios durante o sono? Porque as crises existenciais andam afetando até mesmos os que aparentavam ser bem resolvidos em tudo? Aliás, é possível ser bem resolvido em tudo? E caso seja, este “tudo” tem graça em seu todo?
Inverno desperta carência, e não acho que isso seja culpa do status solteiro, ou melhor, tenho certeza que não, o fato do dia dos namorados estar dentro dele não faz com que os sei lá quantos outros dias sejam estragados, é mais que isso, o drama é muito maior, e me arrisco dizer que o termômetro interno anda bem mais gelado do que os que ficam expostos. A solidão anda batendo por mais bem acompanhada que esteja... Eita, perai, estou falando em primeira pessoa? Hmm... Sim, em primeira pessoa! Afinal não foi feito nenhum focus group pra ter resultados estatisticamente comprovados. Tive um dos finais de semana mais caseiros de todos os tempos, e não foi daqueles caseiros com todos em casa, foi um daqueles caseiros sozinha em casa. Foi bom, ruim, bom, 2 vezes ruins e 3 vezes bons, ruim na parte que eu fiquei pensando demais na vida e bom na parte que eu pensei demais na vida. Nenhuma conclusão me levou a ações imediatas, até porque o que me faz agir imediatamente é a impulsividade e pra botar essa em prática eu não preciso tirar um final de semana pra pensar.
Sexta- feira foi o dia mais difícil, eu estava parecendo um urso polar numa geleira praticamente derretida no meio do oceano, desesperada, sem saber o que fazer, com vontade de voltar pra casa, mas com receio de me jogar no mar congelante e morrer afogada. Sai com uns amigos e três copos de cerveja somados com a malemolência da crise foram o suficiente para retardar ainda mais a maquinaria do meu processador. Já era claro quando consegui dormir, antes, peguei o telefone para ligar pra várias pessoas, mas desistia de apertar o “verdinho” pelo fato de saber que não conseguiria explicar o que estava acontecendo, tão pouco entender. Mas dormir é o melhor remédio para acordar bem, despertei quase que no meio da tarde do outro dia, me sentindo uma idiota pelos espasmos de nervoso que estavam me perturbando até algumas horas atrás, vi que não quero voltar, lamentei ter procurado pessoas erradas para desabafar, sentei, comi 5 bisnaguinhas e passei a tarde reclamando dos programas de TV.
A moral da história é que não há moral alguma nesta história, sofri por nada, recusei as ligações do celular porque tinha resolvido que aquele dia era o de se sentir sozinha, mas eu estava comigo, acompanhada pelos meus pensamentos, ideias, vontades, lagrimas e o rendimento a todo esse vazio seria uma falta de consideração com meu Eu.
Não prometo parar com essas quedas de astral, prometo apenas que vou me esforçar pra sair mais madura delas.
Se eu não fui e antes de chegar desisti de ir é porque já sei aonde é o meu lugar.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Mãe é o nome do título

Você pediu uma amiga e me mandaram de presente, não sei se foi dos melhores, mas pra mim, sem sombra de duvidas foi, é e sempre será.
A minha vida sempre foi tentar absorver um pouquinho de você, me espelhar nesta força e te orgulhar. Briguenta, brava, tradicional teimosia espanhola, sorriso e abraço tímido, dona de um dos corações mais lindos.
Eu queria te parabenizar, mas só consigo agradecer. Obrigada por me abraçar quando sinto medo, por fazer-me sentir grande sempre que estou desanimada, por ter orgulho até mesmo dos meus erros... Desculpa por não ter sido a melhor aluna, pelos problemas na época de escola, pelos sustos que fazia você passar sempre que me machucava, por falar tanto palavrão, não arrumar o quarto e bagunçar o resto dos cômodos, infinitas desculpas, principalmente por ter te deixado há um ano e pouco atrás, mas foi a saída que encontrei para que de alguma forma recompensasse toda felicidade que sempre me proporcionou. Eu viveria no escuro se fosse capaz de te dar meu sol de presente! Amo-te, amiga, confidente, companheira, mãe!

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Ferormônio

Cheiro, uma das coisas que mais me chamam atenção, cada um para qual...
Cheirinho de café faz-me lembrar da vovó, de chuva me deixa com vontade de ir pra casa, e com o de gasolina recordo de quando pegávamos estrada no final da tarde pra passar o carnaval na praia.
Tantas coisas, tantas pessoas, tantos momentos, tantos cheiros. Nem todos me agradam, tem aqueles, que por melhor que sejam, lembram momentos ruins e aqueles outros que dão a sensação de borboletas no estomago.
Teve a vez que a entrega foi tanta que pude sentir saudade do cheiro que ainda não conhecia e surpreendentemente ele era exatamente como imaginava.
Feijão cozidinho na hora lembra minha mãe, livro antigo lembra o primeiro estágio, pão de queijo lembra os amigos da antiga faculdade e leite puro tem cheirinho de filhote.
Não é do perfume que estou falando, mas acho interessante quando é borrifado nos presentes. Cheiro encanta, prende, conquista e agrada. É uma fraqueza, o diferencial!
Acredite nos amores a primeira vista, mas invista naqueles ao primeiro cheiro.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Texto 1- tentativa nº15

Apaga a luz e bota a valsa de Amelie pra tocar.
...
Qual é a pauta?
O frio está terrível! Sento pra assistir TV de cachecol. Meu time perdeu, descobri que tenho um sopro no coração e reprovei no curso de conceitos.
Ok, mas qual é a pauta?
Cheguei ao resultado de que como hambúrguer pelo menos três vezes por semana, que TCC faz a gente chorar por nada e que as carpas crescem de acordo com o espaço aonde vivem. Aquário pequeno, carpa pequena, lago grande, carpa grande...

Estou tentando escrever desde domingo, não rola, exagero na emoção ou no sarcasmo.

É, outra linha.
Outra
E mais outra.

Só sei que se tivesse descoberto antes que sou chata e tenho a voz irritante o choque teria sido menor, eu não sentiria vergonha de mim e nem...ah, deixa pra lá.

A lua ta linda, vocês viram?

segunda-feira, 9 de maio de 2011

A mãe postiça.

Não é sangue do meu sangue, nem tia de 3º grau, pode ser que a explicação que ela criou seja verdadeira, de que foi minha mãe em outras vidas, ou a minha, de que fomos lavadeiras que fofocavam na beira do rio, bom, independente, eu me considero filha e ela se considera mãe.

Fazia uns dois meses que não via aqueles olhos azuis e a saudade era grande dos dois lados, sai pra comprar um presente que fosse a cara dela, e voltei com um que tem a minha cara, não adianta, eu sempre compro coisas que eu usaria.

Fui recebida com um sorriso gigante e ganhei um abraço que me amoleceu, como pode um ser tão pequenininho me deixar tão travada? Olhamo-nos, choramos, falamos e ouvimos tudo que precisávamos naquele momento, foi mágico! E quando a estrutura estava quase recuperada chega o pai postiço com os olhos também cheios, pronto, foi a mesma cena, só que desta vez em tamanho maior.

A sensação de fazer alguém feliz sendo exatamente do jeito que sou é indescritível. Gosto quando a vida nos permite escolher as pessoas que queremos que façam parte da nossa história, gosto quando percebo que fiz a escolha certa.



Pensei em agradecer, mas não precisa!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Mas, porém, contudo, todavia...

Se inspiração tem nome e sobrenome, neste caso coloquei até apelido.
Está acontecendo novamente!
Disse-me uma grande amiga “Você precisa de Freud, não é normal esse gosto por problemas”, ok, mas não é gosto, sei lá, deve ser atração... Seja como for, está acontecendo novamente!
Trabalhando com a sobriedade, a impossibilidade de dar certo está clara como a luz do sol, mas cego é aquele que não quer enxergar e eu estou sofrendo de catarata.
Pra que amarrar o balão na realidade se no fantástico mundo de Rafaela o vôo é bem mais interessante?
Não descarto a possibilidade de hipersensibilidade causada pela gripe, nem o contrário. Descarto a possibilidade de descartar momentos. O coração ta disparando e mais uma vez é o que basta!

Mas e se...

terça-feira, 26 de abril de 2011

Suspiros

E a transformação que um feriado prolongado faz em nossas vidas?
Fui pra casa mal recuperada da virada cultural (que foi incrivelmente inesquecível) muitíssimo bem acompanhada de amigos paulistanos. Pegamos transito, mas isso retardou em apenas 45 minutos do que estava previsto, chegamos de madrugada, cidade extremamente vazia, nem parecia véspera de feriado, como de costume eu não queria dormir, mas fomos obrigados, já que os conterrâneos não agüentaram esperar, mas antes, gastamos quase uma hora observando o céu, e que céu! Foram 3 dias com uma constelação fascinante, minha vontade era colocar um colchão no chão, cobrir com o edredom e adormecer, mas o feito foi outro, bem menos intenso e poético.
União definiria muitíssimo bem o que significou esses dias, confirmei mais uma vez que tenho uma família incrível, fiz, refiz, vi e revi amigos, me apaixonei, desapaixonei, reapaixonei e voltei amando, dei abraços longos, apertados e confortantes, rimos, cantamos, gritamos, somamos, fizemos bordões e musiquinhas engraçadas. Foi tudo tão simples, dava até passar despercebido, mas está dando nó de saudade.
Eu poderia ter descansado neste feriado, mas resolvi me encantar, ainda bem, voltei com as energias recarregadas e o coração tranqüilo.
Obrigada Pirajuí, até o próximo!

terça-feira, 12 de abril de 2011

Não quero dor, quero estrela!

E as estrelas? Qual a graça das estrelas? A magia, o feitiço? Como chego até elas?
Por que não a lua? Muito mais brilhante e imponente, quando cheia então, bem mais encantadora. Tem histórias, mitos, se encaixa em músicas e declarações, por que não a lua?
Não, eu quero as estrelas!
Quero guardá-las em uma caixa vermelha aveludada, usar a luz como abajur, nomeá-las, viver mais uma vida observando sua perfeição da janela do meu quarto, e imaginando quantos mais olhares e pensamentos estão sendo gastos naquele momento.
Que graça tem um céu sem estrelas? Por que não se mostram o dia todo? E se ao invés de sol tivéssemos um amontoado delas?
Eu não sei o que penso quando olho pro céu, e nem o que sinto quando deixo de olhar, sei que me prendo nas estrelas, pois são mágicas, feiticeiras!

terça-feira, 5 de abril de 2011

Meu anjo bochechudo

Família a gente não escolhe, nem quando temos essa chance, o destino ou qualquer outra força maior coloca em nossas vidas aquele ser do tamanho exato da necessidade.
E foi exatamente assim, depois de muita insistência, no auge da minha rebeldia que convenci a família toda que precisávamos de um cachorro. Chegamos a casa daquela família incrível aonde uma boxer caramelo bem parecida com que eu tinha perdido meses atrás veio nos receber, botando ordem no pedaço e defendendo a cria. Adorei a filhotinha Mel, gordinha e meiga como a mãe, e decidi, vamos levar. Já estava de saída quando tropecei naquela coisinha rajada mordendo minha Melissa, bati o pé no chão e ele soltou um mega latido, abanou o rabo tão forte que chegou a deitar de lado, me conquistou, tive certeza naquela troca de olhares que era Ele!
A gente se amou naquele segundo, eu já sabia que tinha ganhado um companheiro. Mal educado, fujão, bagunceiro e elétrico, na primeira semana em casa ele destruiu vários pacotes de papeis higiênico, chinelos, mastigou as latinhas de comida, rolou em uma assadeira de gordura e deixou claro que seria uma figurinha inesquecível em nossas vidas, amigo, presente nas fases mais importantes, odiava briga, toda vez que ouvia gritos se desesperava latindo e pulando, matador profissional de baratas, parece que sabia do meu medo, me olhava com aquela cara de “fique tranqüila, eu te protejo.” Esteve presente nos meus encontros escondidos e nos meus churrascos com amigos, aonde chegava passar mal com tanta carne que ganhava, tinha um olhar que desarmava, eram 3 kg de lingüiça pra ele e o que sobrava era nosso. Ele sempre soube da minha fraqueza, na vez que minha mãe saiu pra uma viagem e eu não conseguia dormir sozinha era ele que estava na cama, do meu lado, pegando no sono só depois de mim.
Difícil de acreditar, ele era um cachorro adestrado. Deitava, rolava, dava a pata, sentava e andava mancando, foi até convidado pra desfilar com a policia militar, mas nunca deixou de fazer xixi nas coisas, impossível calcular quantos lençóis jogamos fora, sem contar as inúmeras vezes que tivemos de lavar travesseiros e toalhas de mesa, minha mãe ameaçou durante toda sua vida “VOU COLOCAR ESSE CACHORRO NA RUAAAAA!” e ele sempre deitava com as patas na cara fingindo não ser o protagonista do problema.
Não consigo aceitar que não tenho mais esse carinho, que não vou mais ser recebida aos gritos e nem ter com quem sentar na varanda até de madrugada, perdi um dos amigos mais fiéis que tive durante toda minha vida, um amigo que nunca se ausentou, um amigo que não sai da cabeça e nem do coração.

Obrigada grande Thor por tudo que fez por nós, saudades eternas, vá com Deus!

segunda-feira, 28 de março de 2011

I just want you to know who I am

E a mesma música que juntou os braços desfaz os laços, eu pensei em me despedir, pensei em agradecer, desejar tudo de bom e todas aquelas outras coisas prontas, mas optei pelo silêncio, de longe o silêncio mais aterrorizante, mais vazio, mais distante, silêncio forçado, que era imposto toda vez que eu me esforçava para argumentar, que grita de descontentamento e apaga toda vontade de tentar continuar.
Não desejo mal, não desejo bem, desejo não desejar. Segurar lagrima não é sinônimo de frieza, muito menos de orgulho, a frustração de ter sido exatamente como previsto é que não permite este tipo de espontaneidade, a vontade até veio, mas os olhos continuaram secos.
Não posso dizer que foi bom, porque as dores dos últimos dias provam o contrario, nem que foi ruim, porque os disparos no coração proporcionavam um bem-estar impar, então digo, no futuro do indicativo que será inesquecível. Pouco me importo com as proporções, para evitar que o nó na garganta se repita eu quero saber somente a quantidade da minha entrega, e guardar esse resultado em segredo, assim como todo resto. Quero continuar caminhando na mesma calçada, sentando na mesma mesa e dividindo a mesma cerveja, Quero rir, dançar, lembrar, quero ouvir essa mesma música, mas sem se abraçar.


*Pode ser uma história de amor sem dono, mas quem aqui falou em amor?

quarta-feira, 16 de março de 2011

Toddy, Panqueca, Medalhão

Mudou meu humor, meu olhar, tirou minha concentração, me fez engordar, ela chegou!
TPM malditaaaaaaaaaaaaaaaa. Cinco dias de fragilidade não é muito pra um ser que já está sofrendo de ardência devido ao sol excessivo no final de semana? Minha mãe não estava lá pra passar protetor em mim, dormi no sol das 13h e fiquei roxa na parte da frente, tentem não visualizar, por favor, trabalhem com a possibilidade de eu ter ficado mulata que é bem mais agradável.
O muito parece pouco, o pouco parece nada e o nada transborda. Chorei assistindo a propaganda do Itaú, a tragédia do Japão no Jornal Nacional e a eliminação do BBB (que a minha chefe não veja que deixei a TV ligada só na globo) até que resolvi tomar 2 dramins e dormir, que esta, desde 1996, ano da minha primeira excursão é uma das piores ideias que tenho, só queria evitar um mal estar no ônibus e eu dormi o dia todo numa toalha estendida no chão perto do tobogã das “Águas Quentes de Piratininga”, mas ontem a intenção era mesmo desmaiar, pois até no cochilo da tarde eu sonhava com a insônia da noite e funcionou muitíssimo bem, descobri só pela manhã que fiquei em uma ligação de 39 minutos, o que não me desperta interesse algum em saber o assunto.
Explica-me, pra que tanta tensão? Sensação de esquecimento? Comer tanto chocolate? Porque sofrer em uma semana problemas de um mês? Parece brincadeira, frescura, graça, mimimi, mas não, é sério, tanto que ainda tenho 3 dias pra cometer um crime e ser absolvida, e isso vale também pra homicídio, CUI-DA-DO!
É só uma fase, uma queda de energia, forma errada que eu escolhi pra gritar que quero ser menos amável e mais amada, jaja passa.

Uma Rafaela incomoda muita gente, uma Rafaela de TPM incomoda, incomoda, incomoda, incomoda, incomoda, incomoda, incomoda, incomoda, incomoda, incomoda, incomoda, incomoda, incomoda, incomoda, incomoda, incomoda, incomoda, incomoda... MUITO MAIS!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Sem titulo, sem rótulos.

E eu que sempre fui prejudicada pelos atos impensados resolvi me prejudicar por pensar demais. Porque ao invés de me rotular como “atitude” eu não resolvo ter?

Venho por meio deste, assumir minha fraqueza e dizer que não consigo arriscar, não consigo permitir e nem ousar, mês passado ou dias atrás talvez fosse capaz disso, mas hoje não, amanhã talvez, mês que vem, sei lá, mas hoje não. Há dias venho conjugando o “querer” no tempo errado e isso me faz voltar pra casa descontente com a situação do “agora”, emotivamente raciocinando chego à conclusão que ao invés de prever eu preciso fazer acontecer, mas quem raciocina emotivamente? Pra mim, emoção e razão não cabem na mesma frase, muito menos em uma decisão.

Eu sou exagerada, trato o simples com uma complexidade que ultrapassa os limites da estratosfera, mas passou da hora de ser egoísta, de ligar o foda-se e ser fiel as minhas vontades, AS MINHAS VONTADES!

Se tudo der errado e vou lembrar somente da parte que deu certo.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Hoje não.

O assunto que não sai da minha cabeça não convém comentar, isso só vai piorar a dificuldade da mudança de pauta. Só sei que não agüento mais pensar, sonhar, temer e perguntar: Por que eu não fechei os olhos, PORRA?
Pensei em escrever sobre a falta que faz um funk numa festa de interior, ou comentar que arrancaram a porta do meu carro, que fui pular na piscina e mergulhei no chão, que tirei a sobrancelha pela primeira vez e não vi diferença alguma, que ralar na boquinha da garrafa te presenteia com 2 dias de dorflex, que pegar roupas na condicional te deixa cheia de moral (não era pra rimar), que passei da hora de deixar de ser uma passivona tosca, que inexplicavelmente estou triste com a aposentadoria do Ronaldo ou que ganhar elogios pelo seu desempenho no trabalho em plena segunda-feira está em 1º lugar das 10 coisas que nunca esperei receber, mas optei por não falar nada, só lembrar que horas desfragmentadas valem mais do que dias.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

21 de janeiro

Pra falar a verdade nem minha mãe sabe o momento exato, ela sempre diz 20h30, mas conheço bem aquela cara de incerteza, por isso nunca acreditei no meu mapa astral, com este horário meu ascendente é leão, mas e se for antes? E se for depois? E se eu realmente fui encontrada na caçamba como meu irmão sempre me aterrorizou e por isso escolheram esta data? Hm... não, acho que esta eu posso descartar, crianças que são encontradas por acaso recebem o nome de Vitória, é de lei, na seqüência os pais aparecem na Sônia Abrão falando que foi um “presente de Deus”, o que não é o meu caso, enfim, 21 de janeiro de 2011, mais um verão chuvoso, mais planos, mais medos, mais uma justificativa para os quilos que não canso de ganhar. 22 anos, idade que dizem ser o fim da adolescência, números que me presentearam com semanas dramáticas lamentando tudo que poderia ter feito, de consolo, parei de tentar me comparar com Mozart que aos cinco anos já compunha minuetos e me aceitei como um ser humano normal, que fez, faz e fará, mas tudo no seu tempo, transformando as frustrações em tijolos e talvez até a crise da meia idade eu tenha construído um lar confortável.
Cabelo vermelho, muito vermelho, parecido com o Bozo, quase não chorava, usava roupas de princesa e não trocava por nada a chupeta azul. Perna torta, voz rouca, temperamento dificílimo, odiada por todos os amigos do irmão, odiada algumas vezes pelo irmão também, daminha de honra de sete casamentos, nunca foi noiva de festa junina, fez aula particular de matemática, química e física, e este ano se forma em humanas. Quebrou o braço três vezes, a perna uma e deu cinco pontos no joelho, fez um mês de balé, depois mudou para o judô, a mais alta da turma, a mais desengonçada da turma, a mais encalhada da turma. Chata, briguenta, ciumenta, curiosa, hiperativa, cheia de toc’s e manias.
Quem sabe mais 22 anos? Quem sabe os gostos mudam? Quem sabe ao invés de esconder eu começo a doar os sapatos velhos? Quem sabe menos duvidas? Quem sabe?
Não canso de perguntar, de errar e de insistir. Não canso de comemorar.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Sem rótulos

E quando eu parei de negar, quando eu parei de inventar, tudo ficou mais simples, pude enxergar as verdadeiras cores e ouvir a realidade dos timbres.

A rotina ficou mais doce e os pensamentos mais tranqüilos, o coração bate com ritmo. Os respiros suspiram desejando que o tempo pare e essa calmaria nunca acabe.

É flutuar com os pés no chão, crer em sonhos de criança e alcançar a imensidão. É encontrar a paz sempre que me perco, sem perguntas, sem cobranças, apenas trocas de lembranças e desejos. É descrever a vida em rimas, cantar bom dia, apresentar a felicidade a quem não conhecia.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Chegou a hora de recomeçar

07 de janeiro é tarde pra fazer retrospectiva né não? NÃO!

O que esperar de um ano que começa ao som de rebolation?
O ano do desapego também foi o da entrega, nunca filosofei tanto pra falar de coisas tão simples, nunca falei tanto em apenas um olhar.
Surpresas! Desde o estouro do champanhe comemorando o ano do tigre até o seu ultimo milésimo de segundo foi o que mais me ocorreu. Nada foi possível de prever, a intensidade dos fatos sempre ultrapassavam as expectativas, e colocando bom e ruim na gangorra a brincadeira fica sem graça com o equilíbrio, foi o inverno mais frio e o verão chegou pra fechar com alergias, umidade baixa e tonturas consideráveis.
Mudei de cidade, de faculdade, fiz amigos, refiz amigos, fiquei doente, emagreci, sarei, virei vegetariana por 6 meses, engordei, fui na rave, no show do Sidney Magal, no pagode da ZL e em uma grande parte dos botecos da Augusta. Aquela que começou como uma muralha desapegada se pegou pensando o quanto deve ser legal casar e ter filhos. (não são planos, são pensamentos, e sim, são bem diferentes!). Foi tipo dormir com 16 anos e acordar com 21, tudo isso em 365 dias, parecido com aquela sensação terminar o colégio e reconhecer que a brincadeira acabou, com um pouco menos de rebeldia e duvidas existências. Ou não, enfim, foi a exemplo mais próximo da realidade que eu arrumei.
Cortei o cabelo, tentei aprender violão, gaita e agora quero um pandeiro, ganhei no bingo, cortei o cabelo de novo, arrumei um emprego, perdi um emprego, arrumei outro emprego, cortei o cabelo pela 3º vez, descobri que tenho alergia a ibuprofeno e tive que tomar adrenalina porque estava entrando em contagem regressiva (uma das experiências maaaaais dooooidas da minha vida), fiz curso de maquiagem, processos gráficos, quase peguei DP e briguei com 2 professores, foram um total de 12 cortes de cabelo, uma chapinha quebrada e a brilhante descoberta das sombras fluor.
2010 foi cansativo, surpreendente, alegre, chato, triste, revelador, doce, azedo e salgado, abusou de todos os sentidos, fez graça pra acabar e já deixa saudades.

Seja bem vindo 2011. =)