segunda-feira, 21 de novembro de 2011

(x) Preciso de uma cerveja

Vamos lá, vamos comentar, vamos desabafar, vamos mandar tudo à merda!
É mesmo o coração que nos faz apaixonar? Bom, deve ser sim, ele não dispararia tanto a toa, né?! Mas e se a paixão não der certo, o coração adoece? Fica machucado? Como funciona? Precisa tomar remédio pra isso?
04h03 da manhã de domingo e eu com esse papo de menininha adolescente. Agora pouco eu sentei no sofá e fiquei lamentando as dores da vida, pedindo paz e dizendo que não merecia sofrer, daí começou Simpsons e eu acabei me desconcentrando, quando terminou não lembrava mais em qual parte tinha parado.
A verdade é que não estava nos meus planos desacostumar desta rotina recém começada, não estava nos meus planos me frustrar e muito menos, me sentir tão ingênua e idiota. Poxa, vinte e tantos anos nas costas, carente de família, desempregada, terminando um tcc, entre outras dificuldades que eu optei em não citar para não ficar tão dramática, enfim, sinto-me com a inteligência subestimada em me ver colocando a palavra ingênua somada com idiota na seqüência do verbo sentir. Acho que depois dessa confusa justificativa posso usar o clichê: EU NÃO MEREÇO!
Eu sei, aliás, tenho certeza que jajá isso tudo passa, que possivelmente acharei graça e que não vou guardar mágoas, sei que meu mundo não vai parar e que não vou morrer de chorar. Mas agora, neste exato momento, quero toda nuvem negra pra mim, quero lamentar, gritar e continuar me torturando comendo as carolinas que comprei de presente, vendo fotos e sentindo o cheiro que ainda mora no meu travesseiro, tudo isso ao som de Fix you. Quero batizar esta madrugada de “a pior da minha vida”, pois é assim que manda o protocolo. Pretendo acordar com as lembranças reduzidas, com a saudade quase nula e com a vontade dentro da privada pra eu dar descarga.
Me apaixonei! Tive borboletas no estomago, fiz planos, cuidei, mimei, mandei músicas, troquei mensagens de saudade, fiz voz de mimimi conversando pelo telefone, enfim, já disse que me apaixonei? Então.
Eu pensei em desejar que o tempo voltasse para que eu evitasse que tudo isso acontecesse, mas tenho certeza que seria exatamente igual. Comigo um pouco mais gorda, talvez. Eu faço o que me da vontade e com isso eu vivo entre extremidades de alegria e tristezas, a situação do momento eu não sei explicar, porque agora, eu não consigo sentir vontade de mais nada.

Obrigada pela parte que foi boa. O muro caiu, mas eu tirei uma foto antes pra lembrar como era.

Ass: Renata Fernandes Teixeira, vulgo: Amora.