Pra falar a verdade nem minha mãe sabe o momento exato, ela sempre diz 20h30, mas conheço bem aquela cara de incerteza, por isso nunca acreditei no meu mapa astral, com este horário meu ascendente é leão, mas e se for antes? E se for depois? E se eu realmente fui encontrada na caçamba como meu irmão sempre me aterrorizou e por isso escolheram esta data? Hm... não, acho que esta eu posso descartar, crianças que são encontradas por acaso recebem o nome de Vitória, é de lei, na seqüência os pais aparecem na Sônia Abrão falando que foi um “presente de Deus”, o que não é o meu caso, enfim, 21 de janeiro de 2011, mais um verão chuvoso, mais planos, mais medos, mais uma justificativa para os quilos que não canso de ganhar. 22 anos, idade que dizem ser o fim da adolescência, números que me presentearam com semanas dramáticas lamentando tudo que poderia ter feito, de consolo, parei de tentar me comparar com Mozart que aos cinco anos já compunha minuetos e me aceitei como um ser humano normal, que fez, faz e fará, mas tudo no seu tempo, transformando as frustrações em tijolos e talvez até a crise da meia idade eu tenha construído um lar confortável.
Cabelo vermelho, muito vermelho, parecido com o Bozo, quase não chorava, usava roupas de princesa e não trocava por nada a chupeta azul. Perna torta, voz rouca, temperamento dificílimo, odiada por todos os amigos do irmão, odiada algumas vezes pelo irmão também, daminha de honra de sete casamentos, nunca foi noiva de festa junina, fez aula particular de matemática, química e física, e este ano se forma em humanas. Quebrou o braço três vezes, a perna uma e deu cinco pontos no joelho, fez um mês de balé, depois mudou para o judô, a mais alta da turma, a mais desengonçada da turma, a mais encalhada da turma. Chata, briguenta, ciumenta, curiosa, hiperativa, cheia de toc’s e manias.
Quem sabe mais 22 anos? Quem sabe os gostos mudam? Quem sabe ao invés de esconder eu começo a doar os sapatos velhos? Quem sabe menos duvidas? Quem sabe?
Não canso de perguntar, de errar e de insistir. Não canso de comemorar.
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Sem rótulos
E quando eu parei de negar, quando eu parei de inventar, tudo ficou mais simples, pude enxergar as verdadeiras cores e ouvir a realidade dos timbres.
A rotina ficou mais doce e os pensamentos mais tranqüilos, o coração bate com ritmo. Os respiros suspiram desejando que o tempo pare e essa calmaria nunca acabe.
É flutuar com os pés no chão, crer em sonhos de criança e alcançar a imensidão. É encontrar a paz sempre que me perco, sem perguntas, sem cobranças, apenas trocas de lembranças e desejos. É descrever a vida em rimas, cantar bom dia, apresentar a felicidade a quem não conhecia.
A rotina ficou mais doce e os pensamentos mais tranqüilos, o coração bate com ritmo. Os respiros suspiram desejando que o tempo pare e essa calmaria nunca acabe.
É flutuar com os pés no chão, crer em sonhos de criança e alcançar a imensidão. É encontrar a paz sempre que me perco, sem perguntas, sem cobranças, apenas trocas de lembranças e desejos. É descrever a vida em rimas, cantar bom dia, apresentar a felicidade a quem não conhecia.
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Chegou a hora de recomeçar
07 de janeiro é tarde pra fazer retrospectiva né não? NÃO!
O que esperar de um ano que começa ao som de rebolation?
O ano do desapego também foi o da entrega, nunca filosofei tanto pra falar de coisas tão simples, nunca falei tanto em apenas um olhar.
Surpresas! Desde o estouro do champanhe comemorando o ano do tigre até o seu ultimo milésimo de segundo foi o que mais me ocorreu. Nada foi possível de prever, a intensidade dos fatos sempre ultrapassavam as expectativas, e colocando bom e ruim na gangorra a brincadeira fica sem graça com o equilíbrio, foi o inverno mais frio e o verão chegou pra fechar com alergias, umidade baixa e tonturas consideráveis.
Mudei de cidade, de faculdade, fiz amigos, refiz amigos, fiquei doente, emagreci, sarei, virei vegetariana por 6 meses, engordei, fui na rave, no show do Sidney Magal, no pagode da ZL e em uma grande parte dos botecos da Augusta. Aquela que começou como uma muralha desapegada se pegou pensando o quanto deve ser legal casar e ter filhos. (não são planos, são pensamentos, e sim, são bem diferentes!). Foi tipo dormir com 16 anos e acordar com 21, tudo isso em 365 dias, parecido com aquela sensação terminar o colégio e reconhecer que a brincadeira acabou, com um pouco menos de rebeldia e duvidas existências. Ou não, enfim, foi a exemplo mais próximo da realidade que eu arrumei.
Cortei o cabelo, tentei aprender violão, gaita e agora quero um pandeiro, ganhei no bingo, cortei o cabelo de novo, arrumei um emprego, perdi um emprego, arrumei outro emprego, cortei o cabelo pela 3º vez, descobri que tenho alergia a ibuprofeno e tive que tomar adrenalina porque estava entrando em contagem regressiva (uma das experiências maaaaais dooooidas da minha vida), fiz curso de maquiagem, processos gráficos, quase peguei DP e briguei com 2 professores, foram um total de 12 cortes de cabelo, uma chapinha quebrada e a brilhante descoberta das sombras fluor.
2010 foi cansativo, surpreendente, alegre, chato, triste, revelador, doce, azedo e salgado, abusou de todos os sentidos, fez graça pra acabar e já deixa saudades.
Seja bem vindo 2011. =)
O que esperar de um ano que começa ao som de rebolation?
O ano do desapego também foi o da entrega, nunca filosofei tanto pra falar de coisas tão simples, nunca falei tanto em apenas um olhar.
Surpresas! Desde o estouro do champanhe comemorando o ano do tigre até o seu ultimo milésimo de segundo foi o que mais me ocorreu. Nada foi possível de prever, a intensidade dos fatos sempre ultrapassavam as expectativas, e colocando bom e ruim na gangorra a brincadeira fica sem graça com o equilíbrio, foi o inverno mais frio e o verão chegou pra fechar com alergias, umidade baixa e tonturas consideráveis.
Mudei de cidade, de faculdade, fiz amigos, refiz amigos, fiquei doente, emagreci, sarei, virei vegetariana por 6 meses, engordei, fui na rave, no show do Sidney Magal, no pagode da ZL e em uma grande parte dos botecos da Augusta. Aquela que começou como uma muralha desapegada se pegou pensando o quanto deve ser legal casar e ter filhos. (não são planos, são pensamentos, e sim, são bem diferentes!). Foi tipo dormir com 16 anos e acordar com 21, tudo isso em 365 dias, parecido com aquela sensação terminar o colégio e reconhecer que a brincadeira acabou, com um pouco menos de rebeldia e duvidas existências. Ou não, enfim, foi a exemplo mais próximo da realidade que eu arrumei.
Cortei o cabelo, tentei aprender violão, gaita e agora quero um pandeiro, ganhei no bingo, cortei o cabelo de novo, arrumei um emprego, perdi um emprego, arrumei outro emprego, cortei o cabelo pela 3º vez, descobri que tenho alergia a ibuprofeno e tive que tomar adrenalina porque estava entrando em contagem regressiva (uma das experiências maaaaais dooooidas da minha vida), fiz curso de maquiagem, processos gráficos, quase peguei DP e briguei com 2 professores, foram um total de 12 cortes de cabelo, uma chapinha quebrada e a brilhante descoberta das sombras fluor.
2010 foi cansativo, surpreendente, alegre, chato, triste, revelador, doce, azedo e salgado, abusou de todos os sentidos, fez graça pra acabar e já deixa saudades.
Seja bem vindo 2011. =)
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Sim, precisa!
Que necessidade é essa de se declarar?
Os sentimentos, vontades, alegrias e tristezas poderiam ficar guardadas em uma caixinha pulsante dentro do peito, mas não, fazemos questão de declarar e às vezes gritar e espernear, AINDA BEM!
Que coisa mais sem graça dormir com nó na garganta por não ter falado tudo aquilo tinha vontade, que falta de sensibilidade não dizer o quão arrependido estamos. Por que se bloquear se o clímax da história está na parte em que resolvemos nos permitir?
Não temos portas abertas, ninguém entra por acaso, pega uma cadeira e senta em volta da mesa aonde servimos nossa história, somos anfitriões e é nosso dever tratar muitíssimo bem os convidados e nossa obrigação sentir o maior prazer nisto, a ponto de esquecer que dever e obrigação são coisas que não rolam com espontaneidade.
Desejo mais respostas sem perguntas, desculpas adiantadas e cartas sem rasuras. Pelo esclarecimento de minhas próprias duvidas, faço questão de me declarar.
* E na entrevista de emprego perguntaram: “O que seus amigos acham sobre você?” , vi que tenho medo de ganhar um “nada” como resposta.
Pronto, expliquei mais esta.
Os sentimentos, vontades, alegrias e tristezas poderiam ficar guardadas em uma caixinha pulsante dentro do peito, mas não, fazemos questão de declarar e às vezes gritar e espernear, AINDA BEM!
Que coisa mais sem graça dormir com nó na garganta por não ter falado tudo aquilo tinha vontade, que falta de sensibilidade não dizer o quão arrependido estamos. Por que se bloquear se o clímax da história está na parte em que resolvemos nos permitir?
Não temos portas abertas, ninguém entra por acaso, pega uma cadeira e senta em volta da mesa aonde servimos nossa história, somos anfitriões e é nosso dever tratar muitíssimo bem os convidados e nossa obrigação sentir o maior prazer nisto, a ponto de esquecer que dever e obrigação são coisas que não rolam com espontaneidade.
Desejo mais respostas sem perguntas, desculpas adiantadas e cartas sem rasuras. Pelo esclarecimento de minhas próprias duvidas, faço questão de me declarar.
* E na entrevista de emprego perguntaram: “O que seus amigos acham sobre você?” , vi que tenho medo de ganhar um “nada” como resposta.
Pronto, expliquei mais esta.
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Nem de botão
E todo mundo tem um lado tradicional, faço parte da massa feminina que não entendem absolutamente nada de futebol, juro que tento, mentira, não faço a minima questão, futebol, pra mim são apenas 45 minutos de coxas, (e que coxas, diga-se) onde sua única serventia é fazer com que a novela termine mais cedo e deixe a vida do Totó mais misteriosa. Sou uma corinthiana sofredora porque alguém me influenciou a isto, fico feliz quando o timão ganha, fato, porque assim posso mandar SMS para os amigos palmeirenses falando "CHUUUUUUPA", mas só, pois quando perde minha cabeça permanece aconchegada no travesseiro, antes era São Paulina, mas o uniforme mudou pra vermelho e achei que a cor não combinava muito comigo.
Meu sonho era entender um impedimento, acho ladainha quando os bandeirinhas anulam o gol argumentando que estava impedindo, na boa, isso não pode ser visto a olho nu, placar final, na minha opnião deveria ser dado apenas depois das analises do fantástico, computação gráfica é muito mais precisa e fascinante, mostra detalhes que acabam com o curriculo
do juiz e além disso deixam os jogadores com cara de playmobil 2.0, e o melhor, os comentários são breves, explicativos e você tem assunto no elevador por pelo menos 1 semana, depois disso volta a falar sobre a baixa umidade do ar.
Ja tentei jogar futebol, queria ser goleira, acho que goleiros cansam menos e se vestem melhor, mas quebrei o dedinho no primeiro treino, traumatizei e desisti.
Na copa do mundo até que fiz bonitinho, aprendi a falar que "a culpa é do Dunga", comprei camiseta amarela, chapéu, vuvuzela, apito, reco-reco e fui perceber só 15 minutos depois do final do jogo que o Brasil tinha sido eliminado, estava muito entretida com os brinquedos.
Os poucos entendidos de futebol tem 22,7% a mais de chance ficar com depressão, você faz ideia do que é pra "geração Y" ficar uma noite inteira sem assunto no twitter? Ver a galera xingando o Neymar e sentir dó daquele magrelinho tão gracinha? Sabe o que é ficar em casa porque todos estão se divertindo no bar dos amigos? Não é fácil, não mesmo, ainda mais quando no outro canal está passando reprise do VMB que te obriga ver o restart ganhando o prêmio do chachorro.
Tenho planos de um dia ir num estádio, assistir um jogo tranquilo e torcer para o time sem camisa.
Futebol é legal sim, mas eu prefiro Guitar Hero.
Meu sonho era entender um impedimento, acho ladainha quando os bandeirinhas anulam o gol argumentando que estava impedindo, na boa, isso não pode ser visto a olho nu, placar final, na minha opnião deveria ser dado apenas depois das analises do fantástico, computação gráfica é muito mais precisa e fascinante, mostra detalhes que acabam com o curriculo
do juiz e além disso deixam os jogadores com cara de playmobil 2.0, e o melhor, os comentários são breves, explicativos e você tem assunto no elevador por pelo menos 1 semana, depois disso volta a falar sobre a baixa umidade do ar.
Ja tentei jogar futebol, queria ser goleira, acho que goleiros cansam menos e se vestem melhor, mas quebrei o dedinho no primeiro treino, traumatizei e desisti.
Na copa do mundo até que fiz bonitinho, aprendi a falar que "a culpa é do Dunga", comprei camiseta amarela, chapéu, vuvuzela, apito, reco-reco e fui perceber só 15 minutos depois do final do jogo que o Brasil tinha sido eliminado, estava muito entretida com os brinquedos.
Os poucos entendidos de futebol tem 22,7% a mais de chance ficar com depressão, você faz ideia do que é pra "geração Y" ficar uma noite inteira sem assunto no twitter? Ver a galera xingando o Neymar e sentir dó daquele magrelinho tão gracinha? Sabe o que é ficar em casa porque todos estão se divertindo no bar dos amigos? Não é fácil, não mesmo, ainda mais quando no outro canal está passando reprise do VMB que te obriga ver o restart ganhando o prêmio do chachorro.
Tenho planos de um dia ir num estádio, assistir um jogo tranquilo e torcer para o time sem camisa.
Futebol é legal sim, mas eu prefiro Guitar Hero.
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Que dure para sempre
Nada funciona perfeitamente o tempo todo, por isso inventaram o tal de "seja eterno enquanto dure". Tudo estava indo bem, andando na linha e na mais perfeita simetria, eu chegava em casa stressada e logo me esquecia de todos os problemas, confesso, não dei tanto valor, talvez pela sua disponibilidade, mas enfim, sofri com a dor da perda. Como de costume, deitei no sofá, tirei os sapatos, mas nada acontecia, parecia que não queria me obedecer, ou que estava jogando na cara o tanto que sou dependente dele, troquei as pilhas, inverti, em vão, ele realmente resolveu se impor e sumir para todo o sempre, confesso que deixou solidão e arrependimento pelas inúmeras quedas, mas logo passou, no final de semana o carteiro trouxe um controle virgem e a satisfação de antes se tornou pequena com as funcionalidades de agora.
Os canais mudam, os controles também.
Os canais mudam, os controles também.
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Aleotário
E mesmo parando na faixa de pedestre e olhando os dois lados para atravessar você corre o risco de tropeçar no boeiro e morrer com a queda, ser atingido por uma bala perdida ou mordido pelo labrador do deficiente visual, mas se tiver muita sorte um avião pode te esmagar e matar além de você outras milhares de pessoas. Ta, sorte? sim, sorte, a empresa pode deixar sua família milionária, pode dar viagens grátis pelo resto da vida, pode pagar um tumulo bem maneiro com uma guitarra em cima ou com a estátua do Ronaldinho Gaúcho, enfim, é a chance do fracassado ter um final glamuroso, e não importa a ordem dos fatores, tendo brilho no resultado significa que alguma coisa valeu a pena. Se sua pedra não virou cristal swarovski faça tendência com a moda das cavernas.
Fale menos e cuspa mais.
Fale menos e cuspa mais.
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