segunda-feira, 9 de maio de 2011

A mãe postiça.

Não é sangue do meu sangue, nem tia de 3º grau, pode ser que a explicação que ela criou seja verdadeira, de que foi minha mãe em outras vidas, ou a minha, de que fomos lavadeiras que fofocavam na beira do rio, bom, independente, eu me considero filha e ela se considera mãe.

Fazia uns dois meses que não via aqueles olhos azuis e a saudade era grande dos dois lados, sai pra comprar um presente que fosse a cara dela, e voltei com um que tem a minha cara, não adianta, eu sempre compro coisas que eu usaria.

Fui recebida com um sorriso gigante e ganhei um abraço que me amoleceu, como pode um ser tão pequenininho me deixar tão travada? Olhamo-nos, choramos, falamos e ouvimos tudo que precisávamos naquele momento, foi mágico! E quando a estrutura estava quase recuperada chega o pai postiço com os olhos também cheios, pronto, foi a mesma cena, só que desta vez em tamanho maior.

A sensação de fazer alguém feliz sendo exatamente do jeito que sou é indescritível. Gosto quando a vida nos permite escolher as pessoas que queremos que façam parte da nossa história, gosto quando percebo que fiz a escolha certa.



Pensei em agradecer, mas não precisa!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Mas, porém, contudo, todavia...

Se inspiração tem nome e sobrenome, neste caso coloquei até apelido.
Está acontecendo novamente!
Disse-me uma grande amiga “Você precisa de Freud, não é normal esse gosto por problemas”, ok, mas não é gosto, sei lá, deve ser atração... Seja como for, está acontecendo novamente!
Trabalhando com a sobriedade, a impossibilidade de dar certo está clara como a luz do sol, mas cego é aquele que não quer enxergar e eu estou sofrendo de catarata.
Pra que amarrar o balão na realidade se no fantástico mundo de Rafaela o vôo é bem mais interessante?
Não descarto a possibilidade de hipersensibilidade causada pela gripe, nem o contrário. Descarto a possibilidade de descartar momentos. O coração ta disparando e mais uma vez é o que basta!

Mas e se...

terça-feira, 26 de abril de 2011

Suspiros

E a transformação que um feriado prolongado faz em nossas vidas?
Fui pra casa mal recuperada da virada cultural (que foi incrivelmente inesquecível) muitíssimo bem acompanhada de amigos paulistanos. Pegamos transito, mas isso retardou em apenas 45 minutos do que estava previsto, chegamos de madrugada, cidade extremamente vazia, nem parecia véspera de feriado, como de costume eu não queria dormir, mas fomos obrigados, já que os conterrâneos não agüentaram esperar, mas antes, gastamos quase uma hora observando o céu, e que céu! Foram 3 dias com uma constelação fascinante, minha vontade era colocar um colchão no chão, cobrir com o edredom e adormecer, mas o feito foi outro, bem menos intenso e poético.
União definiria muitíssimo bem o que significou esses dias, confirmei mais uma vez que tenho uma família incrível, fiz, refiz, vi e revi amigos, me apaixonei, desapaixonei, reapaixonei e voltei amando, dei abraços longos, apertados e confortantes, rimos, cantamos, gritamos, somamos, fizemos bordões e musiquinhas engraçadas. Foi tudo tão simples, dava até passar despercebido, mas está dando nó de saudade.
Eu poderia ter descansado neste feriado, mas resolvi me encantar, ainda bem, voltei com as energias recarregadas e o coração tranqüilo.
Obrigada Pirajuí, até o próximo!

terça-feira, 12 de abril de 2011

Não quero dor, quero estrela!

E as estrelas? Qual a graça das estrelas? A magia, o feitiço? Como chego até elas?
Por que não a lua? Muito mais brilhante e imponente, quando cheia então, bem mais encantadora. Tem histórias, mitos, se encaixa em músicas e declarações, por que não a lua?
Não, eu quero as estrelas!
Quero guardá-las em uma caixa vermelha aveludada, usar a luz como abajur, nomeá-las, viver mais uma vida observando sua perfeição da janela do meu quarto, e imaginando quantos mais olhares e pensamentos estão sendo gastos naquele momento.
Que graça tem um céu sem estrelas? Por que não se mostram o dia todo? E se ao invés de sol tivéssemos um amontoado delas?
Eu não sei o que penso quando olho pro céu, e nem o que sinto quando deixo de olhar, sei que me prendo nas estrelas, pois são mágicas, feiticeiras!

terça-feira, 5 de abril de 2011

Meu anjo bochechudo

Família a gente não escolhe, nem quando temos essa chance, o destino ou qualquer outra força maior coloca em nossas vidas aquele ser do tamanho exato da necessidade.
E foi exatamente assim, depois de muita insistência, no auge da minha rebeldia que convenci a família toda que precisávamos de um cachorro. Chegamos a casa daquela família incrível aonde uma boxer caramelo bem parecida com que eu tinha perdido meses atrás veio nos receber, botando ordem no pedaço e defendendo a cria. Adorei a filhotinha Mel, gordinha e meiga como a mãe, e decidi, vamos levar. Já estava de saída quando tropecei naquela coisinha rajada mordendo minha Melissa, bati o pé no chão e ele soltou um mega latido, abanou o rabo tão forte que chegou a deitar de lado, me conquistou, tive certeza naquela troca de olhares que era Ele!
A gente se amou naquele segundo, eu já sabia que tinha ganhado um companheiro. Mal educado, fujão, bagunceiro e elétrico, na primeira semana em casa ele destruiu vários pacotes de papeis higiênico, chinelos, mastigou as latinhas de comida, rolou em uma assadeira de gordura e deixou claro que seria uma figurinha inesquecível em nossas vidas, amigo, presente nas fases mais importantes, odiava briga, toda vez que ouvia gritos se desesperava latindo e pulando, matador profissional de baratas, parece que sabia do meu medo, me olhava com aquela cara de “fique tranqüila, eu te protejo.” Esteve presente nos meus encontros escondidos e nos meus churrascos com amigos, aonde chegava passar mal com tanta carne que ganhava, tinha um olhar que desarmava, eram 3 kg de lingüiça pra ele e o que sobrava era nosso. Ele sempre soube da minha fraqueza, na vez que minha mãe saiu pra uma viagem e eu não conseguia dormir sozinha era ele que estava na cama, do meu lado, pegando no sono só depois de mim.
Difícil de acreditar, ele era um cachorro adestrado. Deitava, rolava, dava a pata, sentava e andava mancando, foi até convidado pra desfilar com a policia militar, mas nunca deixou de fazer xixi nas coisas, impossível calcular quantos lençóis jogamos fora, sem contar as inúmeras vezes que tivemos de lavar travesseiros e toalhas de mesa, minha mãe ameaçou durante toda sua vida “VOU COLOCAR ESSE CACHORRO NA RUAAAAA!” e ele sempre deitava com as patas na cara fingindo não ser o protagonista do problema.
Não consigo aceitar que não tenho mais esse carinho, que não vou mais ser recebida aos gritos e nem ter com quem sentar na varanda até de madrugada, perdi um dos amigos mais fiéis que tive durante toda minha vida, um amigo que nunca se ausentou, um amigo que não sai da cabeça e nem do coração.

Obrigada grande Thor por tudo que fez por nós, saudades eternas, vá com Deus!

segunda-feira, 28 de março de 2011

I just want you to know who I am

E a mesma música que juntou os braços desfaz os laços, eu pensei em me despedir, pensei em agradecer, desejar tudo de bom e todas aquelas outras coisas prontas, mas optei pelo silêncio, de longe o silêncio mais aterrorizante, mais vazio, mais distante, silêncio forçado, que era imposto toda vez que eu me esforçava para argumentar, que grita de descontentamento e apaga toda vontade de tentar continuar.
Não desejo mal, não desejo bem, desejo não desejar. Segurar lagrima não é sinônimo de frieza, muito menos de orgulho, a frustração de ter sido exatamente como previsto é que não permite este tipo de espontaneidade, a vontade até veio, mas os olhos continuaram secos.
Não posso dizer que foi bom, porque as dores dos últimos dias provam o contrario, nem que foi ruim, porque os disparos no coração proporcionavam um bem-estar impar, então digo, no futuro do indicativo que será inesquecível. Pouco me importo com as proporções, para evitar que o nó na garganta se repita eu quero saber somente a quantidade da minha entrega, e guardar esse resultado em segredo, assim como todo resto. Quero continuar caminhando na mesma calçada, sentando na mesma mesa e dividindo a mesma cerveja, Quero rir, dançar, lembrar, quero ouvir essa mesma música, mas sem se abraçar.


*Pode ser uma história de amor sem dono, mas quem aqui falou em amor?

quarta-feira, 16 de março de 2011

Toddy, Panqueca, Medalhão

Mudou meu humor, meu olhar, tirou minha concentração, me fez engordar, ela chegou!
TPM malditaaaaaaaaaaaaaaaa. Cinco dias de fragilidade não é muito pra um ser que já está sofrendo de ardência devido ao sol excessivo no final de semana? Minha mãe não estava lá pra passar protetor em mim, dormi no sol das 13h e fiquei roxa na parte da frente, tentem não visualizar, por favor, trabalhem com a possibilidade de eu ter ficado mulata que é bem mais agradável.
O muito parece pouco, o pouco parece nada e o nada transborda. Chorei assistindo a propaganda do Itaú, a tragédia do Japão no Jornal Nacional e a eliminação do BBB (que a minha chefe não veja que deixei a TV ligada só na globo) até que resolvi tomar 2 dramins e dormir, que esta, desde 1996, ano da minha primeira excursão é uma das piores ideias que tenho, só queria evitar um mal estar no ônibus e eu dormi o dia todo numa toalha estendida no chão perto do tobogã das “Águas Quentes de Piratininga”, mas ontem a intenção era mesmo desmaiar, pois até no cochilo da tarde eu sonhava com a insônia da noite e funcionou muitíssimo bem, descobri só pela manhã que fiquei em uma ligação de 39 minutos, o que não me desperta interesse algum em saber o assunto.
Explica-me, pra que tanta tensão? Sensação de esquecimento? Comer tanto chocolate? Porque sofrer em uma semana problemas de um mês? Parece brincadeira, frescura, graça, mimimi, mas não, é sério, tanto que ainda tenho 3 dias pra cometer um crime e ser absolvida, e isso vale também pra homicídio, CUI-DA-DO!
É só uma fase, uma queda de energia, forma errada que eu escolhi pra gritar que quero ser menos amável e mais amada, jaja passa.

Uma Rafaela incomoda muita gente, uma Rafaela de TPM incomoda, incomoda, incomoda, incomoda, incomoda, incomoda, incomoda, incomoda, incomoda, incomoda, incomoda, incomoda, incomoda, incomoda, incomoda, incomoda, incomoda, incomoda... MUITO MAIS!