segunda-feira, 9 de maio de 2011

A mãe postiça.

Não é sangue do meu sangue, nem tia de 3º grau, pode ser que a explicação que ela criou seja verdadeira, de que foi minha mãe em outras vidas, ou a minha, de que fomos lavadeiras que fofocavam na beira do rio, bom, independente, eu me considero filha e ela se considera mãe.

Fazia uns dois meses que não via aqueles olhos azuis e a saudade era grande dos dois lados, sai pra comprar um presente que fosse a cara dela, e voltei com um que tem a minha cara, não adianta, eu sempre compro coisas que eu usaria.

Fui recebida com um sorriso gigante e ganhei um abraço que me amoleceu, como pode um ser tão pequenininho me deixar tão travada? Olhamo-nos, choramos, falamos e ouvimos tudo que precisávamos naquele momento, foi mágico! E quando a estrutura estava quase recuperada chega o pai postiço com os olhos também cheios, pronto, foi a mesma cena, só que desta vez em tamanho maior.

A sensação de fazer alguém feliz sendo exatamente do jeito que sou é indescritível. Gosto quando a vida nos permite escolher as pessoas que queremos que façam parte da nossa história, gosto quando percebo que fiz a escolha certa.



Pensei em agradecer, mas não precisa!

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