sábado, 13 de março de 2010

O metrô parô

Dia 03 de fevereiro, uma semana em São Paulo, voltando da faculdade com o guarda-chuva virado me assusto com milhares de pessoas jogadas na estação da Sé esperando a água baixar. Desesperador e inspirador, resolvi sentar, observar e escrever, tentei transformar em poema, mas achei melhor deixar como relatos, e ai está, mais um para o meu diário de bordo.
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O Metrô paro

Diferentes rostos, reações e comportamentos.Num dia cansativo, corrido e chuvoso não consigo fazer minha baldeação. Puxo papo com estranhos e troco palavras alheias,
conheço sotaques e histórias de vida.
Uns lêem a bíblia, outros romances e tem também aqueles que catam latinhas.
Anunciam com mega-fone que é preciso manter a calma e isso se resulta em batucadas de fúria.
Catracas e escadas travadas, passagem interditada, de nada adianta, as pessoas parecem brotar do chão, destacam-se os de coletes verdes, que trabalham o tempo todo para normalizar a situação.
Sentada, no sentido Corinthians-Itaquera tive uma experiência nova, observei pessoas que expressam sentimentos de uma forma que nunca vi igual.
Como foi bom, o dia em que o metro parô!

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