A mudança de uma caipira de pouco mais de duas décadas para um novo mundo que vão além dos quarteirões decorados durante sua vida, choca e impressiona.
É tudo muito difícil e fácil, difícil é você precisar de uma centopéia de metal para qualquer lugar que queria ir, sendo que até anteontem a única catraca que tinha passado era a do clube da cidade, fácil é você ter tantas opções para um dia de domingo, que este no interior é dia de aposentado, temos missa, lanche e todos terminam em frente a TV, alguns alternativos tomam tereré na escadaria da prefeitura, mas são minoria, domingo de sorte é quando rola churrasco com os amigos, nossa, ai é aquela alegria, se tiver piscina então, enquanto os dedos não ficarem completamente enrugados a festa não termina. Aqui é diferente, o mundo todo cruza a mesma avenida, seja com comida, bebida ou artista de rua, sotaques são vendidos em bancas de jornal e os de cabeça chata tem preço promocional.
O costume de dar bom dia não funciona por aqui, as pessoas até te olham, mas não te vêem, vão além, enxergam além. É de costume andar como carteiros, a pressa está presente até nas horas de lazer e aqui, não é permitido parar para amarrar os sapatos, pois você é atropelado por uma multidão furiosa com sua lentidão. Sempre ouvi que “é terrível o cheiro da poluição”, discordo, pois ultimamente este é ofuscado pelo cheiro de xixi.
Nossa, quanta coisa eu já aprendi, hoje eu sei que preciso apertar o botão para o ônibus parar, ficar do lado direito da escada rolante, que só é seguro pedir informação para os que usam o uniforme listrado e que NUNCA devo tirar a sombrinha da bolsa.
Confesso, é estressante, cansativo e assustador, mas estou amando essa nova rotina. Voltar, agora, somente nas datas riscadas de vermelho.
tá bem interessante viu...Parabéns!!
ResponderExcluireheheh Gostei! Deu até vontade de ir pra sao paulo!
ResponderExcluirhahahah.. essa vidinha medíocre de pirajuí, mas que é bão é!
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