quarta-feira, 10 de março de 2010

Dipirona e Cafeína

Explosão de pensamentos e sentimentos, coisas que nem a cabeça e nem o coração conseguem administrar, cai como uma bomba, quando menos espero e por mais que evito insisto em pensar. Brainstorms constantes e nem sempre produtivos, algumas vezes são apenas palavras jogadas que não formam frases, outras, criações mirabolantes impossíveis de colocá-las na prática. Mas sempre, sempre surpreendentes, bom, pelo menos pra mim né, gostar do que eu crio é mais que minha obrigação.
Tenho problemas de concentração, costumo falhar quando esperam muito de mim, criei uma casca grossa que me envolve toda, deixa apenas os olhos de fora, que é o meu principal instrumento, uso para observar, analisar e até ignorar, esta casca afasta e aproxima pessoas, faz com que eu me proteja dos monstros que aparecem nos meus sonhos acordada, mantenho por perto aqueles que vão além, que garimpam toda grossura envolvente, enxerga o que eu não mostro, e acredita no que eu não me esforço para ser, mas não me frustro com as desistências, pois os animais estão no topo da minha pirâmide de afinidade, seguido das borboletas e só em terceiro as pessoas, decepcionante pra mim é não ser lambida no nariz pelo meu cachorro quando chego de viagem. Tenho cara de pouco caso, fato, mas se eu me apaixono por alguma coisa, tudo muda, abro meu casulo e a guardo num lugar todo especial que os mais entendidos batizaram de coração.
Conquiste-me, sou difícil, mas também vou tentar te conquistar.
Para aliviar as dores de cabeça dipirona, para alimentar a imaginação cafeína, sempre juntas, quase um arroz e feijão em minha vida.

Prazer, Rafaela Barrozo

Nenhum comentário:

Postar um comentário